sexta-feira, 16 de outubro de 2009






O QUE É TOPOGRAFIA?

"Vale mais investir um pequeno valor para ter a certeza do que investir um grande valor na incerteza."

Topografia significa a descrição exata e detalhada de um lugar, determinando as dimensões, elementos existentes, variações altimétricas, acidentes geográficos, etc. A Topografia fornece dados, obtidos através de cálculos, métodos e instrumentos que permitem o conhecimento do terreno, dando base para execução de projetos e obras realizadas por engenheiros ou arquitetos. Sendo fundamental tanto na etapa de projeto quanto na execução da obra. A Topografia é tem por principal objetivo representar graficamente, através da planta de levantamento topográfico, todas as características de uma área, incluindo o relevo, curvas de nível, elementos existentes no local, metragem, cálculo de área, pontos cotados, norte magnético, coordenadas geográficas, acidentes geográficos, etc. Devendo a planta topográfica ser elaborada através de utilização de equipamentos apropriados e métodos de medição e representação gráfica considerando-se os parâmetros, metodologia e legislação a fim de fornecer um trabalho topográfico de acordo com as normas técnicas. Não se deve confundir Topografia com Geodésia, pois enquanto a Topografia tem por finalidade mapear uma pequena porção da superfície da terra, a Geodésia tem por finalidade mapear grandes porções. A área de TOPOGORAFIA tem se tornado cada vez mais complexa decorrente dos avanços tecnológicos. Como resultado destes avanços, ocorre que no Brasil, tanto em pequenos quanto em grandes centro urbanos, existe uma grande carência de profissionais desta área. Com a retomada do crescimento econômico brasileiro a partir do governo Lula, constatou-se que existe uma grande lacuna na área tecnológica, o país ficou mais de vinte anos estacionado, onde diversos cursos técnicos de diversas áreas foram fechados, no entanto para crescer é preciso ter pessoal bem treinado e em se tratando de topografia, dela dependem diversas outras atividades, tais como: construção civil, mineração, ferrovias, obras de urbanização pública, linhas de transmissão, controle dimensional industrial, pavimentação, arquitetura, paisagismo, etc. Em se tratando de equipamentos topográficos de última geração, o mais utilizado é a Estação Total, pois permite que todos os dados coletados no campo sejam gravados e depois descarregados no computador onde serão processados. Este equipamento permite não somente trazer os dados de campo como também gravar os dados que serão utilizados no campo, ou seja, para realizar a locação de uma área ou implantação pontos, as coordenadas são gravadas na estação total para serem materializadas no campo. Este processo evita inúmeros erros e agiliza do serviço. O G.P.S. (Global Position Sistems) tornou-se indispensável para a topografia, visto que além de amarrar a área na coordenadas oficiais U.T.M., possibilita o mapeamento de grandes áreas com precisão e em curto espaço de tempo.


IMPORTÂNCIA DA TOPOGRAFIA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL/ARQUITETURA

Analisando as etapas da construção civil pode-se constatar que esta atividade está envolvida no desenvolvimento principalmente urbano e social. O construtor tem a idéia de adquirir uma propriedade para nela construir um empreendimento imobiliário. A primeira coisa que o construtor deverá fazer é solicitar um serviço de levantamento plani-altimétrico cadastral do terreno. O levantamento topográfico não serve somente para se ter a certeza da metragem de uma determinada área, é muito mais do que isso, em mãos do levantamento plani-altimétrico, o construtor terá como avaliar não somente o preço, como também se o seu investimento lhe trará retorno financeiro. O levantamento topográfico proporciona uma real visão do terreno. A verificação da real geometria e altimetria do terreno traz segurança ao engenheiro ou arquiteto que for realizar um estudo de massa. Um levantamento topográfico bem apurado, deverá considerar todos os elementos existentes no local, tais como: meio fios, arruamentos internos, alinhamentos de muros e cercas, marcos demarcatórios, árvores, caixas de drenagem, postes, ralos, edificações existentes, edificações confrontantes, indicação do sentido do trânsito, existência de rios ou córregos próximos ao terreno, pontos cotados, curvas de nível, taludes, rochas, etc. Conclui-se portanto, que é imprescindível realizar o levantamento topográfico do terreno antes de investir cegamente num negócio imobiliário. Na fase de execução da obra, a topografia serve de instrumento técnico para evitar erros, podemos citar os seguintes serviços: Demarcação dos limites do terreno, locação de nivelamento dos furos de sondagem, demarcação do esquadro da obra, locação de estacas, locação de pilares, nivelamento do terreno, acompanhamento das prumadas dos pilares, nivelamento do pisos e lajes, marcações das áreas de lazer e jardim, as-built da obra, etc. Dentre as exigências dos Órgãos Públicos (SERLA, Rio-Águas, FEEMA e SMAC) para aprovação de projetos urbanos, algumas soluções são dadas pela topografia, tais como: Amarração do terreno em coordenadas geográficas U.T.M. utilização de R.N. (referencial de nível) oficial da Prefeitura local., cadastro de vegetação para aprovação junto ao SMAC e Parques e Jardins, etc.


Levantamentos topográficos. Apontamentos de Topografia

O objectivo da disciplina de Topografia consiste na aprendizagem de métodos e técnicas de aquisição de dados que possibilitem a determinação das coordenadas de um conjunto de pontos, que descrevam geometricamente uma parcela da superfície do terreno, com rigor e aproximação necessários.

A Topografia é uma disciplina da Geodesia que na sua concepção clássica ocupa-se da representação local de uma parcela da superfície terrestre, sobre a qual o efeito da curvatura terrestre é considerado desprezível (definição de campo topográfico). Contudo, actualmente o desempenho desta disciplina é um pouco mais vasto face às técnicas e metodologia por ela empregue; cite-se o apoio à construção civil no âmbito de grandes obras de engenharia – pontes, barragens, linhas férreas, etc., bem como, a topografia industrial e mineira.

A recolha de dados necessários à elaboração de uma planta ou carta topográfica de uma dada parcela da superfície terrestre é designada por levantamento topográfico. A aquisição da informação topográfica para a elaboração de cartas ou plantas é feita com o recurso a dois métodos: o método topográfico ou clássico e o método fotogramétrico. Na escolha do método mais adequado considera-se essencialmente a área e a escala do levantamento, pois o método topográfico pelo facto de implicar um conjunto significativo de operações de campo torna-o demorado para zonas extensas, e por isso, mais dispendioso face ao método fotogramétrico. Já o método fotogramétrico para zonas demasiado pequenas apresenta custos relativamente elevados e para escalas grandes tem a limitação da altura mínima de voo. Normalmente, salvo raras excepções o método topográfico é utilizado para escalas superiores a 1:1000 e o fotogramértico para escalas inferiores ou iguais a 1:1000.

A descrição geométrica de uma superfície do espaço físico real é normalmente feita a partir de uma função do tipo f=f(x, y, z) onde z é uma função implícita z=z(x, y). No caso da cartografia terrestre, o plano cartográfico representa, de uma forma biunívoca, a superfície física da Terra, onde M=x (distância à meridiana) e P=y (distância à perpendicular) são as coordenadas planimétricas ou coordenadas cartesianas do plano cartográfico; e, h=z é a coordenada altimétrica (também designada por cota e representada por C). O relevo da superfície é habitualmente definido através de curvas de nível C=C(M,P) (C=cte para cada nível), constituindo o chamado modelo altimétrico do terreno ou modelo numérico do terreno (DTM – Digital Terrain Model).

Filosofia e Ideologia

por Rodrigo Pedroso

Em nosso artigo anterior, tínhamos exibido um exemplo de como o modo ideológico de ver as coisas pode distorcer a apreensão da realidade. Na presente comunicação, temos por objetivo descobrir como se distingue uma avaliação dos fatos feita segundo uma perspectiva filosófica de uma efetuada desde uma perspectiva ideológica.

O traço essencial da atitude ideológica é conceder mais importância às idéias do que às coisas. Ou seja, ao contrário da sã Filosofia, a ideologia pressupõe sempre uma separação entre coisas e idéias. Enquanto na Filosofia, se pretende chegar à verdade das coisas através das idéias, na ideologia estas adquirem valor independente das coisas a que se referem, tomando vida própria. Assim sendo, a atitude ideológica exige, como condição necessária para existir, um erro fundamental a respeito da inteligência humana.

O filósofo espanhol Xavier Zubiri definia a verdade como a posse intelectual do ser das coisas. Toda a Filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino enfoca a inteligência humana não tanto como uma faculdade meramente representativa ou operativa, mas fundamentalmente como faculdade apreensiva. Mais do que produtora de idéias, a inteligência é uma faculdade que capta algo. E o que é esse algo que a inteligência percebe? Ora, a Filosofia demonstra que o objeto formal da inteligência (isto é, aquilo que a inteligência capta em primeiro lugar e em razão do qual capta tudo o mais) é o ser. A inteligência capta o ser das coisas, e as coisas são captadas pela inteligência na medida em que têm ser. Quando a idéia (forma inteligida) produzida pela inteligência corresponde à idéia (forma inteligível) existente na coisa, temos a verdade -- adequatio rei et intellectus, segundo o adágio escolástico.

Dentro dessa concepção fica até estranho pensar a respeito de uma contraposição entre idéias e coisas. Semelhante contraposição só pode ocorrer depois de as idéias terem perdido qualquer referência às coisas mesmas. Assim, por mais coerente e lógico que possa ser um sistema ideológico, seus postulados e conceitos fundamentais terão sempre mais a ver com a fantasia e o arbítrio do que com a própria inteligência. Um exemplo disso é a política moderna, fundada por Hobbes, Locke e Rousseau sobre os conceitos de estado de natureza e contrato social. Ora, estas são noções puramente quiméricas, destituídas de qualquer fundamento na realidade -- entes de razão sine fundamento in re, como diriam os escolásticos. Todavia, sobre esses conceitos vazios se construíram estados, se fizeram constituições e se organizaram muitas das instituições que até hoje nos dirigem.

Partindo de conceitos fantásticos para compor um sistema de idéias capaz de orientar a ação política, a ideologia ao invés de explicar a realidade da vida social, de fato a encobre à compreensão humana. Dando a questão por resolvida, não se pergunta sobre a verdadeira natureza da sociedade, que passa a ser organizada de acordo com princípios artificiais e preconcebidos.

Uma vez que a ideologia parte não da realidade e da experiência, mas da fantasia e do arbítrio, não pode ela deixar de ser dogmática. É certo que a religião também tem seus dogmas, porém os dogmas da religião católica se referem a realidades que estão acima do alcance da inteligência humana e que admitimos como verdadeiras por fé na Revelação divina -- Deus, que é a própria Verdade, não pode mentir. Os dogmas da ideologia, entretanto, se referem a realidades que estão no âmbito de investigação da razão humana. Enquanto os dogmas da religião elevam o homem a realidades que ele desconhece, os dogmas da ideologia o alienam das coisas que ele pode conhecer naturalmente.

É a ideologia, pois, um sucedâneo perverso da religião. E enquanto a fé nos dogmas da Religião está alicerçada na infalível autoridade divina, que não se engana nem pode enganar, a fé nos dogmas da ideologia só pode fundamentar-se no apego afetivo e sentimental dos seus sequazes. As ideologias têm por fundamento um dos amores mais esquisitos, que é o amor por idéias. Aliás, é próprio da atitude ideológica amar mais as idéias do que as pessoas concretas. O filósofo não ama idéias, ama a verdade; por isso um verdadeiro filósofo se alegra quando, ao perceber que estava enganado, descobre nova verdade. O ideólogo, pelo contrário, se entristece quando os argumentos ou os fatos desmentem as suas idéias tão queridas, a ponto de muitas vezes cometer o absurdo rejeitar a verdade para ficar com as idéias que ama. É por esta razão que o processo de se desvencilhar de uma ideologia dói tanto -- é como terminar um relacionamento amoroso.

Porque partem de princípios arbitrários, as ideologias quebram a relação entre juízos de valor e juízos de realidade, enquanto que na Filosofia os primeiros sempre estão fundamentados nos segundos. Isso faz com que as ideologias, apesar de dogmáticas, venham a conduzir a cultura a um relativismo axiológico cada vez maior.

Outra inversão característica das ideologias é determinar a teoria pela prática, explicar a realidade com base no mundo que se quer moldar. Tenta-se deduzir o ser a partir do dever-ser. A Filosofia, pelo contrário, procura determinar o dever-ser partindo do conhecimento do ser. É da natureza do homem que a Filosofia colhe a natureza da sociedade, e é a partir do entendimento do fim natural da sociedade que o filósofo vai dizer como ela deve ser.

Tomando representações puramente mentais como realidades concretas, e fazendo delas objetos de amor e devoção, a atitude ideológica é um vício da inteligência e uma tentação permanente para o homem moderno. E somente poderá ser vencida pela afirmação do valor da inteligência e da sua capacidade para compreender a verdade das coisas.


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Filosofia e Religião
Francis Schaeffer
Deixe-me agora fazer duas observações genéricas. Primeiro, a filosofia e a religião
lidam com as mesmas questões básicas. Os cristãos, especialmente os cristãos evangélicos,
tendem a esquecer-se disso. A filosofia e a religião não tratam de questões diferentes,
embora dêem explicações diferentes e usem terminologia diferenciada. As questões básicas,
tanto da filosofia quanto da religião (e estou me referindo à religião no sentido lato,
incluindo o Cristianismo), são as questões do Ser (isto é, do que existe), do homem e seu
dilema (da moral), da epistemologia (de como o homem adquire conhecimento). A filosofia
lida com estes pontos, mas o mesmo acontece com a religião, incluindo o “Cristianismo
evangélico ortodoxo”.
A segunda observação genérica refere-se aos dois sentidos da palavra filosofia, que
precisam manter-se completamente separados, se quisermos evitar confusões. O primeiro
sentido é o da disciplina, um tópico do currículo acadêmico. Essa é a idéia que geralmente
associamos à filosofia: um estudo altamente técnico que poucas pessoas são capazes de
acompanhar. Neste sentido, poucos são filósofos. Mas há um segundo sentido que não
devemos esquecer, se quisermos entender o problema da pregação do evangelho no mundo
do século 20. Pois a filosofia também significa a visão de mundo de alguém. Neste sentido,
todos somos filósofos, pois todos temos uma visão de mundo. Isso vale tanto para o
homem cavando uma vala quanto para o filósofo na universidade.
Os cristãos têm tendido a desprezar o conceito de filosofia. Esta tem sido uma das
fraquezas do Cristianismo evangélico ortodoxo – temos nos vangloriado em nosso
desprezo à filosofia e nos orgulhado excessivamente da condenação de tudo quanto diz
respeito ao intelecto. Nossos seminários teológicos dificilmente fazem qualquer relação
entre a sua teologia e a filosofia, principalmente no que diz respeito à filosofia
contemporânea. Assim, os estudantes formam-se nos seminários teológicos sem a mínima
noção de como relacionar o Cristianismo às visões de mundo a seu redor. Não que eles não
saibam respostas. Pelo que tenho observado, a maioria dos estudantes que se tornam
bacharéis em seminários teológicos desconhecem as perguntas.
Na verdade, a filosofia é universal no seu escopo. Nenhum ser humano é capaz de
viver sem uma visão de mundo; por isso, não há ser humano que não seja um

domingo, 30 de agosto de 2009

Montagem da galera reunida

Sede Agradecidos......

Assim nos ensina a palavra de Deus. Então queremos agradecer-lhe . E deixar registrado no blog o nosso reconhecimento pelas horas tão disputadas que você prof Paulo quis doar a nossa turma. Refiro-”me a doar porque “não foi pelo” salário” (nós sabemos muito bem) Mas, porque reconhecemos que Deus o dotou do dom de ensinar a outros. E, que com estudos e dedicação o tem feito o profissional que é. Por isso o interesse em sua aula e o aprendizado de todos. Muitíssimo, obrigada em meu nome e de toda a turma... Mas não se livrou de nós não viu! Abraços de todos seus alunos. soneide cerqueira

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Aula de Paulão

Nosso professor Paulo em mais uma de suas aulas...

sexta-feira, 22 de maio de 2009


  
  

O aço é um produto siderúrgico definido como liga metálica composta principalmente de ferro e pequenas quantidades de carbono. Para aços utilizados na construção civil, o teor de carbono é da ordem de 0,18% a 0,25%.

O processo siderúrgico pode ser dividido em 4 grandes partes:

            a) Preparo das Matérias-Primas (Coqueira e Sintetização)
            b) Produção de Gusa (Alto-forno)
            c) Produção de Aço (Aciaria)
            d) Conformação Mecânica (Laminação)

 
  

As matérias-primas necessárias para a obtenção do aço são: o minério de ferro, principalmente a hematita, e o carvão mineral. Ambos não são encontrados puros na natureza, sendo necessário então um preparo nas matérias primas de modo a reduzir o consumo de energia e aumentar a eficiência do processo.

VER ESQUEMA DO PÁTIO DE MATÉRIAS-PRIMAS

FOTO 01: Pátio de Matérias-Primas (Arquivo COSIPA)

 
  

A coqueificação ocorre a uma temperatura de 1300oC em ausência de ar durante um período de 18 horas, onde ocorre a liberação de substâncias voláteis. O produto resultante desta etapa, o coque, é um material poroso com elevada resistência mecânica, alto ponto de fusão e grande quantidade de carbono.
"O coque, nas especificações físicas e químicas requeridas, é encaminhado ao alto-forno e os finos de coque são enviados à sinterização e à aciaria. O coque é a matéria prima mais importante na composição do custo de um alto-forno (60%)".

FOTO 02: Operação de Desfornamento da Coqueira (Arquivo COSIPA)

Na sinterização, a preparação do minério de ferro é feita cuidando-se da granulometria, visto que os grãos mais finos são indesejáveis pois diminuem a permeabilidade do ar na combustão, comprometendo a queima. Para solucionar o problema, adicionam-se materiais fundentes (calcário, areia de sílica ou o próprio sínter) aos grão mais finos.
Com a composição correta, estes elementos são levados ao forno onde a mistura é fundida. Em seguida, o material resultante é resfriado e britado até atingir a granulometria desejada (diâmetro médio de 5mm).
O produto final deste processo é denominado de sínter e de acordo com o Arquiteto Luís Andrade de Mattos Dias, "Em decorrência de suas características combustíveis e de permeabilidade, o sínter tornou-se mais importante para o processo do que o próprio minério de ferro".

FOTO 03: Sinterização (Arquivo USIMINAS)
 
  

Esta parte do processo de fabricação do aço consiste na redução do minério de ferro, utilizando o coque metalúrgico e outros fundentes, que misturados com o minério de ferro são transformados em ferro gusa.
A reação ocorre no equipamento denominado Alto Forno, e constitui uma reação exotérmica.
O resíduo formado pela reação, a escória, é vendida para a indústria de cimento.
Após a reação, o ferro gusa na forma líquida é transportado nos carros-torpedos (vagões revestidos com elemento refratário) para uma estação de dessulfuração, onde são reduzidos os teores de enxofre a níveis aceitáveis. Também são feitas análises da composição química da liga (carbono, silício, manganês, fósforo, enxofre) e a seguir o carro torpedo transporta o ferro gusa para a aciaria, onde será transformado em aço.

VER CARROS-TORPEDOS

                 FOTO 04: Alto Forno  (Arquivo COSIPA)

 
  

Na aciaria, o ferro gusa é transformado em aço através da injeção de oxigênio puro sob pressão no banho de gusa líquido, dentro de um conversor. A reação, constitui na redução da gusa através da combinação dos elementos de liga existentes (silício, manganês) com o oxigênio soprado, o que provoca uma grande elevação na temperatura, atingindo aproximadamente 1700oC.
Os gases resultantes do processo são queimados logo na saída do equipamento e a os demais resíduos indesejáveis são eliminados pela escória, que fica a superfície do metal.
Após outros ajustes finos na composição do aço, este é transferido para a próxima etapa que constitui o lingotamento contínuo.

FOTO 05: Aciaria  (Arquivo USIMINAS)
 
  

No processo de lingotamento contínuo o aço líquido é transferido para moldes onde se solidificará. O veio metálico é continuamente extraído por rolos e após resfriado, é transformado em placas rústicas através do corte com maçarico.

FOTO 06: Lingotamento Contínuo  (Arquivo USIMINAS)
   
  

FOTO 07: Laminação a Quente  (Arquivo USIMINAS)

Posteriormente, os lingotes devem passar pelo processo de laminação, podendo ser a quente ou a frio, onde se transformarão em chapas através da diminuição da área da seção transversal. Na laminação a quente, a peça com aproximados 250 mm é aquecida e submetida à deformação por cilindros que a pressionarão até atingir a espessura desejada. Os produtos laminados a quente podem ser:

Chapas Grossas
   espessura: 6 a 200 mm
   largura: 1000 a 3800 mm
   comprimento: 5000 a 18000 mm
Tiras
   espessura: 1,2 a 12,50 mm
   largura: 800 a 1800 mm
   comprimento-padrão: 2000, 3000 e 6000 mm


Tensões Residuais


Devido ao resfriamento desigual das peças, chapas e perfis laminados a quente apresentam tensões que permanecem após o completo resfriamento. Em chapas, por exemplo, as bordas se solidificam mais rapidamente que o centro, servindo como um quadro que impedirá a retração da peça como um todo, fazendo com que o centro da peça permaneça tracionado. A norma NBR 8800 fixa essa tensão em 115 MPa.

   
  

Ao contrário do processo de laminação a quente as peças laminadas a frio são normalmente mais finas, com melhor acabamento e sem a presença de tensões residuais.

Dimensões:
   espessura: 0,3 a 3,00 mm
   largura: 800 a 1600 mm
   comprimentos-padrão: 2000, 2500 e 3000 mm