sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Levantamentos topográficos. Apontamentos de Topografia
O objectivo da disciplina de Topografia consiste na aprendizagem de métodos e técnicas de aquisição de dados que possibilitem a determinação das coordenadas de um conjunto de pontos, que descrevam geometricamente uma parcela da superfície do terreno, com rigor e aproximação necessários.
A Topografia é uma disciplina da Geodesia que na sua concepção clássica ocupa-se da representação local de uma parcela da superfície terrestre, sobre a qual o efeito da curvatura terrestre é considerado desprezível (definição de campo topográfico). Contudo, actualmente o desempenho desta disciplina é um pouco mais vasto face às técnicas e metodologia por ela empregue; cite-se o apoio à construção civil no âmbito de grandes obras de engenharia – pontes, barragens, linhas férreas, etc., bem como, a topografia industrial e mineira.
A recolha de dados necessários à elaboração de uma planta ou carta topográfica de uma dada parcela da superfície terrestre é designada por levantamento topográfico. A aquisição da informação topográfica para a elaboração de cartas ou plantas é feita com o recurso a dois métodos: o método topográfico ou clássico e o método fotogramétrico. Na escolha do método mais adequado considera-se essencialmente a área e a escala do levantamento, pois o método topográfico pelo facto de implicar um conjunto significativo de operações de campo torna-o demorado para zonas extensas, e por isso, mais dispendioso face ao método fotogramétrico. Já o método fotogramétrico para zonas demasiado pequenas apresenta custos relativamente elevados e para escalas grandes tem a limitação da altura mínima de voo. Normalmente, salvo raras excepções o método topográfico é utilizado para escalas superiores a 1:1000 e o fotogramértico para escalas inferiores ou iguais a 1:1000.
A descrição geométrica de uma superfície do espaço físico real é normalmente feita a partir de uma função do tipo f=f(x, y, z) onde z é uma função implícita z=z(x, y). No caso da cartografia terrestre, o plano cartográfico representa, de uma forma biunívoca, a superfície física da Terra, onde M=x (distância à meridiana) e P=y (distância à perpendicular) são as coordenadas planimétricas ou coordenadas cartesianas do plano cartográfico; e, h=z é a coordenada altimétrica (também designada por cota e representada por C). O relevo da superfície é habitualmente definido através de curvas de nível C=C(M,P) (C=cte para cada nível), constituindo o chamado modelo altimétrico do terreno ou modelo numérico do terreno (DTM – Digital Terrain Model).
Filosofia e Ideologia
por Rodrigo Pedroso
Em nosso artigo anterior, tínhamos exibido um exemplo de como o modo ideológico de ver as coisas pode distorcer a apreensão da realidade. Na presente comunicação, temos por objetivo descobrir como se distingue uma avaliação dos fatos feita segundo uma perspectiva filosófica de uma efetuada desde uma perspectiva ideológica.
O traço essencial da atitude ideológica é conceder mais importância às idéias do que às coisas. Ou seja, ao contrário da sã Filosofia, a ideologia pressupõe sempre uma separação entre coisas e idéias. Enquanto na Filosofia, se pretende chegar à verdade das coisas através das idéias, na ideologia estas adquirem valor independente das coisas a que se referem, tomando vida própria. Assim sendo, a atitude ideológica exige, como condição necessária para existir, um erro fundamental a respeito da inteligência humana.
O filósofo espanhol Xavier Zubiri definia a verdade como a posse intelectual do ser das coisas. Toda a Filosofia de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino enfoca a inteligência humana não tanto como uma faculdade meramente representativa ou operativa, mas fundamentalmente como faculdade apreensiva. Mais do que produtora de idéias, a inteligência é uma faculdade que capta algo. E o que é esse algo que a inteligência percebe? Ora, a Filosofia demonstra que o objeto formal da inteligência (isto é, aquilo que a inteligência capta em primeiro lugar e em razão do qual capta tudo o mais) é o ser. A inteligência capta o ser das coisas, e as coisas são captadas pela inteligência na medida em que têm ser. Quando a idéia (forma inteligida) produzida pela inteligência corresponde à idéia (forma inteligível) existente na coisa, temos a verdade -- adequatio rei et intellectus, segundo o adágio escolástico.
Dentro dessa concepção fica até estranho pensar a respeito de uma contraposição entre idéias e coisas. Semelhante contraposição só pode ocorrer depois de as idéias terem perdido qualquer referência às coisas mesmas. Assim, por mais coerente e lógico que possa ser um sistema ideológico, seus postulados e conceitos fundamentais terão sempre mais a ver com a fantasia e o arbítrio do que com a própria inteligência. Um exemplo disso é a política moderna, fundada por Hobbes, Locke e Rousseau sobre os conceitos de estado de natureza e contrato social. Ora, estas são noções puramente quiméricas, destituídas de qualquer fundamento na realidade -- entes de razão sine fundamento in re, como diriam os escolásticos. Todavia, sobre esses conceitos vazios se construíram estados, se fizeram constituições e se organizaram muitas das instituições que até hoje nos dirigem.
Partindo de conceitos fantásticos para compor um sistema de idéias capaz de orientar a ação política, a ideologia ao invés de explicar a realidade da vida social, de fato a encobre à compreensão humana. Dando a questão por resolvida, não se pergunta sobre a verdadeira natureza da sociedade, que passa a ser organizada de acordo com princípios artificiais e preconcebidos.
Uma vez que a ideologia parte não da realidade e da experiência, mas da fantasia e do arbítrio, não pode ela deixar de ser dogmática. É certo que a religião também tem seus dogmas, porém os dogmas da religião católica se referem a realidades que estão acima do alcance da inteligência humana e que admitimos como verdadeiras por fé na Revelação divina -- Deus, que é a própria Verdade, não pode mentir. Os dogmas da ideologia, entretanto, se referem a realidades que estão no âmbito de investigação da razão humana. Enquanto os dogmas da religião elevam o homem a realidades que ele desconhece, os dogmas da ideologia o alienam das coisas que ele pode conhecer naturalmente.
É a ideologia, pois, um sucedâneo perverso da religião. E enquanto a fé nos dogmas da Religião está alicerçada na infalível autoridade divina, que não se engana nem pode enganar, a fé nos dogmas da ideologia só pode fundamentar-se no apego afetivo e sentimental dos seus sequazes. As ideologias têm por fundamento um dos amores mais esquisitos, que é o amor por idéias. Aliás, é próprio da atitude ideológica amar mais as idéias do que as pessoas concretas. O filósofo não ama idéias, ama a verdade; por isso um verdadeiro filósofo se alegra quando, ao perceber que estava enganado, descobre nova verdade. O ideólogo, pelo contrário, se entristece quando os argumentos ou os fatos desmentem as suas idéias tão queridas, a ponto de muitas vezes cometer o absurdo rejeitar a verdade para ficar com as idéias que ama. É por esta razão que o processo de se desvencilhar de uma ideologia dói tanto -- é como terminar um relacionamento amoroso.
Porque partem de princípios arbitrários, as ideologias quebram a relação entre juízos de valor e juízos de realidade, enquanto que na Filosofia os primeiros sempre estão fundamentados nos segundos. Isso faz com que as ideologias, apesar de dogmáticas, venham a conduzir a cultura a um relativismo axiológico cada vez maior.
Outra inversão característica das ideologias é determinar a teoria pela prática, explicar a realidade com base no mundo que se quer moldar. Tenta-se deduzir o ser a partir do dever-ser. A Filosofia, pelo contrário, procura determinar o dever-ser partindo do conhecimento do ser. É da natureza do homem que a Filosofia colhe a natureza da sociedade, e é a partir do entendimento do fim natural da sociedade que o filósofo vai dizer como ela deve ser.
Tomando representações puramente mentais como realidades concretas, e fazendo delas objetos de amor e devoção, a atitude ideológica é um vício da inteligência e uma tentação permanente para o homem moderno. E somente poderá ser vencida pela afirmação do valor da inteligência e da sua capacidade para compreender a verdade das coisas.
domingo, 30 de agosto de 2009
Sede Agradecidos......
Assim nos ensina a palavra de Deus. Então queremos agradecer-lhe . E deixar registrado no blog o nosso reconhecimento pelas horas tão disputadas que você prof Paulo quis doar a nossa turma. Refiro-”me a doar porque “não foi pelo” salário” (nós sabemos muito bem) Mas, porque reconhecemos que Deus o dotou do dom de ensinar a outros. E, que com estudos e dedicação o tem feito o profissional que é. Por isso o interesse em sua aula e o aprendizado de todos. Muitíssimo, obrigada em meu nome e de toda a turma... Mas não se livrou de nós não viu! Abraços de todos seus alunos. soneide cerqueira
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
O aço é um produto siderúrgico definido como liga metálica composta principalmente de ferro e pequenas quantidades de carbono. Para aços utilizados na construção civil, o teor de carbono é da ordem de 0,18% a 0,25%. |
As matérias-primas necessárias para a obtenção do aço são: o minério de ferro, principalmente a hematita, e o carvão mineral. Ambos não são encontrados puros na natureza, sendo necessário então um preparo nas matérias primas de modo a reduzir o consumo de energia e aumentar a eficiência do processo. | |
FOTO 01: Pátio de Matérias-Primas (Arquivo COSIPA) |
A coqueificação ocorre a uma temperatura de 1300oC em ausência de ar durante um período de 18 horas, onde ocorre a liberação de substâncias voláteis. O produto resultante desta etapa, o coque, é um material poroso com elevada resistência mecânica, alto ponto de fusão e grande quantidade de carbono. | |
FOTO 02: Operação de Desfornamento da Coqueira (Arquivo COSIPA) | |
Na sinterização, a preparação do minério de ferro é feita cuidando-se da granulometria, visto que os grãos mais finos são indesejáveis pois diminuem a permeabilidade do ar na combustão, comprometendo a queima. Para solucionar o problema, adicionam-se materiais fundentes (calcário, areia de sílica ou o próprio sínter) aos grão mais finos. | |
FOTO 03: Sinterização (Arquivo USIMINAS) |
Esta parte do processo de fabricação do aço consiste na redução do minério de ferro, utilizando o coque metalúrgico e outros fundentes, que misturados com o minério de ferro são transformados em ferro gusa. | |
FOTO 04: Alto Forno (Arquivo COSIPA) |
Na aciaria, o ferro gusa é transformado em aço através da injeção de oxigênio puro sob pressão no banho de gusa líquido, dentro de um conversor. A reação, constitui na redução da gusa através da combinação dos elementos de liga existentes (silício, manganês) com o oxigênio soprado, o que provoca uma grande elevação na temperatura, atingindo aproximadamente 1700oC. | |
FOTO 05: Aciaria (Arquivo USIMINAS) |
No processo de lingotamento contínuo o aço líquido é transferido para moldes onde se solidificará. O veio metálico é continuamente extraído por rolos e após resfriado, é transformado em placas rústicas através do corte com maçarico. | |
FOTO 06: Lingotamento Contínuo (Arquivo USIMINAS) |
FOTO 07: Laminação a Quente (Arquivo USIMINAS) | Posteriormente, os lingotes devem passar pelo processo de laminação, podendo ser a quente ou a frio, onde se transformarão em chapas através da diminuição da área da seção transversal. Na laminação a quente, a peça com aproximados 250 mm é aquecida e submetida à deformação por cilindros que a pressionarão até atingir a espessura desejada. Os produtos laminados a quente podem ser: |
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Ao contrário do processo de laminação a quente as peças laminadas a frio são normalmente mais finas, com melhor acabamento e sem a presença de tensões residuais. |