sexta-feira, 22 de maio de 2009


  
  

O aço é um produto siderúrgico definido como liga metálica composta principalmente de ferro e pequenas quantidades de carbono. Para aços utilizados na construção civil, o teor de carbono é da ordem de 0,18% a 0,25%.

O processo siderúrgico pode ser dividido em 4 grandes partes:

            a) Preparo das Matérias-Primas (Coqueira e Sintetização)
            b) Produção de Gusa (Alto-forno)
            c) Produção de Aço (Aciaria)
            d) Conformação Mecânica (Laminação)

 
  

As matérias-primas necessárias para a obtenção do aço são: o minério de ferro, principalmente a hematita, e o carvão mineral. Ambos não são encontrados puros na natureza, sendo necessário então um preparo nas matérias primas de modo a reduzir o consumo de energia e aumentar a eficiência do processo.

VER ESQUEMA DO PÁTIO DE MATÉRIAS-PRIMAS

FOTO 01: Pátio de Matérias-Primas (Arquivo COSIPA)

 
  

A coqueificação ocorre a uma temperatura de 1300oC em ausência de ar durante um período de 18 horas, onde ocorre a liberação de substâncias voláteis. O produto resultante desta etapa, o coque, é um material poroso com elevada resistência mecânica, alto ponto de fusão e grande quantidade de carbono.
"O coque, nas especificações físicas e químicas requeridas, é encaminhado ao alto-forno e os finos de coque são enviados à sinterização e à aciaria. O coque é a matéria prima mais importante na composição do custo de um alto-forno (60%)".

FOTO 02: Operação de Desfornamento da Coqueira (Arquivo COSIPA)

Na sinterização, a preparação do minério de ferro é feita cuidando-se da granulometria, visto que os grãos mais finos são indesejáveis pois diminuem a permeabilidade do ar na combustão, comprometendo a queima. Para solucionar o problema, adicionam-se materiais fundentes (calcário, areia de sílica ou o próprio sínter) aos grão mais finos.
Com a composição correta, estes elementos são levados ao forno onde a mistura é fundida. Em seguida, o material resultante é resfriado e britado até atingir a granulometria desejada (diâmetro médio de 5mm).
O produto final deste processo é denominado de sínter e de acordo com o Arquiteto Luís Andrade de Mattos Dias, "Em decorrência de suas características combustíveis e de permeabilidade, o sínter tornou-se mais importante para o processo do que o próprio minério de ferro".

FOTO 03: Sinterização (Arquivo USIMINAS)
 
  

Esta parte do processo de fabricação do aço consiste na redução do minério de ferro, utilizando o coque metalúrgico e outros fundentes, que misturados com o minério de ferro são transformados em ferro gusa.
A reação ocorre no equipamento denominado Alto Forno, e constitui uma reação exotérmica.
O resíduo formado pela reação, a escória, é vendida para a indústria de cimento.
Após a reação, o ferro gusa na forma líquida é transportado nos carros-torpedos (vagões revestidos com elemento refratário) para uma estação de dessulfuração, onde são reduzidos os teores de enxofre a níveis aceitáveis. Também são feitas análises da composição química da liga (carbono, silício, manganês, fósforo, enxofre) e a seguir o carro torpedo transporta o ferro gusa para a aciaria, onde será transformado em aço.

VER CARROS-TORPEDOS

                 FOTO 04: Alto Forno  (Arquivo COSIPA)

 
  

Na aciaria, o ferro gusa é transformado em aço através da injeção de oxigênio puro sob pressão no banho de gusa líquido, dentro de um conversor. A reação, constitui na redução da gusa através da combinação dos elementos de liga existentes (silício, manganês) com o oxigênio soprado, o que provoca uma grande elevação na temperatura, atingindo aproximadamente 1700oC.
Os gases resultantes do processo são queimados logo na saída do equipamento e a os demais resíduos indesejáveis são eliminados pela escória, que fica a superfície do metal.
Após outros ajustes finos na composição do aço, este é transferido para a próxima etapa que constitui o lingotamento contínuo.

FOTO 05: Aciaria  (Arquivo USIMINAS)
 
  

No processo de lingotamento contínuo o aço líquido é transferido para moldes onde se solidificará. O veio metálico é continuamente extraído por rolos e após resfriado, é transformado em placas rústicas através do corte com maçarico.

FOTO 06: Lingotamento Contínuo  (Arquivo USIMINAS)
   
  

FOTO 07: Laminação a Quente  (Arquivo USIMINAS)

Posteriormente, os lingotes devem passar pelo processo de laminação, podendo ser a quente ou a frio, onde se transformarão em chapas através da diminuição da área da seção transversal. Na laminação a quente, a peça com aproximados 250 mm é aquecida e submetida à deformação por cilindros que a pressionarão até atingir a espessura desejada. Os produtos laminados a quente podem ser:

Chapas Grossas
   espessura: 6 a 200 mm
   largura: 1000 a 3800 mm
   comprimento: 5000 a 18000 mm
Tiras
   espessura: 1,2 a 12,50 mm
   largura: 800 a 1800 mm
   comprimento-padrão: 2000, 3000 e 6000 mm


Tensões Residuais


Devido ao resfriamento desigual das peças, chapas e perfis laminados a quente apresentam tensões que permanecem após o completo resfriamento. Em chapas, por exemplo, as bordas se solidificam mais rapidamente que o centro, servindo como um quadro que impedirá a retração da peça como um todo, fazendo com que o centro da peça permaneça tracionado. A norma NBR 8800 fixa essa tensão em 115 MPa.

   
  

Ao contrário do processo de laminação a quente as peças laminadas a frio são normalmente mais finas, com melhor acabamento e sem a presença de tensões residuais.

Dimensões:
   espessura: 0,3 a 3,00 mm
   largura: 800 a 1600 mm
   comprimentos-padrão: 2000, 2500 e 3000 mm

 
  

UMA BREVE PALAVRA

Colegas, este é o nosso Blog. Nele você vai encontrar artigos dentro da área que iremos atuar  ou assuntos que foram dados em sala.  Então colabore com ideias ,comentários e perguntas  aos professores.Prometo que tentarei na medida do possivel pesquisar os temas solicitados. Aos professores agradecemos desde já o incentivo e as horas que possam dedicar para o nosso aprendizado. Soneide Cerqueira.

Vantagens das adições no cimento


As adições ao cimento 

melhoram certas características

 do concreto e preservam o 

ambiente ao aproveitar resíduos

e diminuir a extração de 

matéria-prima. 

O desenvolvimento dos vários 

tipos de cimento, com o uso de adições como escórias e pozolanas, acabou

unindo o útil ao agradável. Além de melhorar certas características do material, tais como a impermeabilidade, diminuição da porosidade capilar, maior resistência a sulfatos e redução do calor de hidratação, as adições contribuíram para diminuir o consumo de energia durante o processo de fabricação e para aproveitar subprodutos poluidores, como as escórias de alto-forno e as cinzas volantes, por exemplo.

Do ponto de vista ecológico, além da preservação das jazidas de calcário, o ponto forte é o aproveitamento de resíduos poluidores, como é o caso da escória granulada de alto-forno, um subproduto da fabricação do ferro-gusa, que possui atividade hidráulica e gera na hidratação os mesmos produtos que o cimento. Já as pozolanas, que podem ser cinzas volantes, argilas calcinadas, diatomitos, rochas vulcânicas, sílica ativa, têm a vantagem de promover a diluição do aluminato cálcico (C3A), componente do clínquer que é o principal responsável pelo calor de hidratação, e combinar com a cal gerada pela hidratação do cimento, diminuindo a permeabilidade do concreto e o aumentando sua resistência aos ataques químicos.

Concreto: como uma receita de bolo


Dosagem e execução são passos fundamentais para obter o concreto adequado a cada necessidade.

Os vários tipos de cimento são indicados para compor argamassas e concretos de acordo com as necessidades de cada caso. Além disso, pode-se modificar suas características aumentando ou diminuindo a quantidade de água e cimento, e dos demais componentes: agregados (areia, pedra britada, cascalho etc.). É possível usar ainda aditivos químicos, a fim de reduzir certas influências ou aumentar o efeito de outras, quando desejado ou necessário.


A dosagem dos componentes do concreto e da argamassa é conhecida também por “traço”. Portanto, como numa receita de bolo, é importante encontrar a dosagem ideal a partir do tipo de cimento e agregados escolhidos para estabelecer uma composição que dê o melhor resultado com o menor custo. A dosagem deve obedecer a métodos racionais, comprovados na prática, e que respeitem as normas técnicas vigentes.

Mas não basta ter o traço e a dosagem ideais. A etapa de execução é fundamental para a obtenção de um bom concreto e de uma boa argamassa. Se os processos de adensamento e cura forem mal executados, acabam surgindo patologias, tais como baixa resistência, trincas e fissuras, corrosão das armaduras, entre outras. O bom adensamento é obtido por vibração adequada, especificada em norma. Já para obter uma cura correta é importante manter as argamassas e os concretos úmidos após a pega, molhando-os com uma mangueira ou com um regador, ou então cobrindo-os com sacos molhados (de aniagem ou do próprio cimento), de modo a impedir a evaporação da água por ação do vento e do calor do sol, durante um período mínimo de sete dias, ou ainda adotando-se o uso de agentes químicos de cura.

Os diferentes tipos de cimentos normalizados são designados pela sigla e pela classe de resistência. A sigla corresponde ao prefixo CP acrescido de algarismos romanos I a V, sendo as classes de resistências indicadas pelos números 25, 32 e 40. Estas apontam os valores mínimos de resistência à compressão (expressos em megapascal - MPa), garantidos pelos fabricantes, após 28 dias de cura.

Exemplo:
Nome Técnico: Cimento Portland de Alto-Forno
Sigla: CP III
Classe: 32 (expressa a resistência à compressão do cimento aos 28 dias)
Tipo: CP III-32

Básico sobre cimento

O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação de água. Na forma de concreto, torna-se uma pedra artificial, que pode ganhar formas e volumes, de acordo com as necessidades de cada obra. Graças a essas características, o concreto é o segundo material mais consumido pela humanidade, superado apenas pela água.

Saiba mais sobre cimento portland em:
 A versatilidade do cimento brasileiro
 Concreto: como uma receita de bolo
 Uma breve história do cimento
 Vantagens das adições no cimento

Guia Básico de Utilização do Cimento Portland:
 
Boletim Técnico BT106-2003 (arquivo PDF) 
 
Você vai precisar do Acrobat ReaderCopie o programa gratuitamente. 

MULHERES NA OBRA...

Mulheres na obra...

Alguns acham que as mulheres não servem pra trabalhar em obra. Sabemos que isso não é verdade. è comprovado que as mulheres tornam as obras mais perfeitas que as dos homens.

Fonte: EQUIPE TECEDIFIC
www.tecedific.blogspot.com
email: tecedific@ig.com.br

Curiosidade...

Salário Piso garantido
Técnicos de nível médio terão remuneração regulamentada O plenário do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei n° 227/2005, de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB/PR), que estende o piso salarial aos técnicos de nível médio, regulares nos Creas. O projeto, que altera a Lei 4.950-A/66, seguiu para a Câmara dos Deputados.Conforme o documento, o salário mínimo corresponderá a 66% da menor remuneração estipulada por lei aos diplomados pelos cursos regulares de nível superior que exigem registro profissional nos Creas. Ou seja, o piso é calculado em cinco salários mínimos vigentes. “A minha proposta não institui novos pisos salariais, apenas harmoniza e garante isonomia para atividades técnicas abrangidas por um mesmo sistema de registro e fiscalização profissionais. Acredito que esta é uma justa reivindicação daqueles que atuam nos mais diferentes setores da atividade econômica deste País”, defende o senador Álvaro Dias.Na avaliação do presidente interino do Crea-BA, engenheiro civil Edgarde Gonsalves Cerqueira, a decisão representa um passo fundamental para a valorização dos técnicos de nível médio. “Essa conquista é fruto do poder de mobilização da categoria, que, juntamente com as entidades de classe, pressionaram a aprovação”, avalia Cerqueira.Em defesa do salário mínimo profissional, o Crea-BA tem se posicionado contra editais de concurso público que desobedecem à lei. “O não cumprimento à legislação está sujeito a medidas judiciais cabíveis para garantir o direito legal”, alerta o presidente interino.Recentemente, baseado em questionamentos feitos pelo Conselho, a prefeitura de Paulo Afonso suspendeu o concurso público 01/2007, cujo edital feria a legislação do exercício profissional das categorias vinculadas ao Crea. A empresa responsável pela organização do concurso ignorou as profissões regulamentadas pela Lei Federal nº 5.194/66, que assegura oexercício profissional exclusivamente àqueles que concluíram cursos por escola reconhecida e regularmente constituída.Edgarde Cerqueira ressalta que o engajamento dos técnicos às entidades e ao Crea é fundamental nesse processo de conquista. “Nos colocamos à disposição para formular uma proposta junto com os técnicos que contribua com a efetiva participação deles na dinâmica do Conselho”.
*Dados: REVISTA DO CREA-BA Nº 23 Fonte EQUIPE TECEDIFIC

Técnico Edificações ???


O que é um Técnico de Edificações? O Tecnológico de Construção Civil e Técnico de Edificações são profissionais capacitados com condições de intervir em diversas fases do projeto, preparação, realização e controle da obra. O profissional habilitado promove um conjunto de conhecimentos nos domínios da representação gráfica de projeto de arquiteturas e engenharia, das propriedades e características dos materiais e dos elementos estruturais e não estruturais da construção, bem como nos da planificação dos trabalhos a realizar, do controle de qualidade e da organização do estaleiro da obra; proporciona também o conhecimento de normas regulamentares da construção, assim como das que regem a higiene, segurança e saúde no local de trabalho.
Fonte: EQUIPE TECEDIFIC
www.tecedific.blogspot.com
email: tecedific@ig.com.br

OPERARIO EM CONSTRUÇÂO

OPERARIO EM CONSTRUÇÃO
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.

De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
— Garrafa, prato, facão —
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão.
Pois além do que sabia
— Exercer a profissão —
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
— “Convençam-no” do contrário — Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
— Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro de seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

— Loucura! — Gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
— Mentira! — disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Como o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

Vinicius de Moraes

quinta-feira, 21 de maio de 2009

MELHORES PRÁTICAS


Protensão aderente de pré-moldados


Sistema é composto por bainhas e cordoalhas de protensão, aderidas ao pré-moldado por uma nata de cimento


Colaboração: engenheiro Evandro Porto Duarte, diretor da MAC - Sistema Brasileiro de Protensão


Montagem

Fotos: Marcelo Scandaroli
Fotos: Marcelo Scandaroli
A partir dos projetos de detalhamento, os cabos são instalados (elevados) após a montagem das armaduras passivas das vigas. Atenção especial com a região de ancoragem e do nicho, cuja face deve ser perpendicular ao cabo.


Corte e montagem das cordoalhas

Nessa etapa os cabos são preparados por meio do corte adequado das cordoalhas. Suas pontas devem contar com um comprimento adicional para o encaixe dos macacos de protensão. Em seguida, as cordoalhas são inseridas nas bainhas e posicionadas no interior da armação de aço doce.

Colocação das placas de ancoragens

Cuidado especial deve ser tomado durante a instalação das placas de ancoragens, para que as cordoalhas mantenham o perfil de projeto, de modo a ficarem alinhadas com a frente e fundo do macaco.

  

Equipamentos

Todos os equipamentos (macacos e bombas) deverão ser calibrados e aferidos antes da execução dos serviços de protensão.

Protensão

O macaco e a bomba de protensão devem ser dimensionados levando em consideração a força de protensão determinada em projeto.

Injeção de nata de cimento

Após aprovação dos alongamentos pelo calculista, é executada a injeção de nata de cimento. O traço dessa mistura deverá ser acompanhado e aprovado pela empresa de controle tecnológico de concreto.